A redução do impacto ambiental como consequência da melhoria nutricional dos sistemas de produção pecuários

26 outubro 2021
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3 minutos

Não é de hoje que temos acesso a matérias publicadas em diversos meios de comunicação responsabilizando a atividade pecuária pela maioria dos desmatamentos e como uma das principais agentes emissoras de gases do efeito estufa. Essa associação ocorre em razão da utilização de áreas oriundas de desmatamento pela exploração madeireira e pela queima da vegetação remanescente, além da produção de gases que é característica da espécie. Todas essas informações geram impacto negativo na mídia e nos leva a pensar que não existe outro caminho para a pecuária a não ser melhorar a eficiência de seus modelos produtivos, utilizar conscientemente nossas terras e recursos naturais, além de adotar técnicas que nos permitam produzir mais em áreas menores.

Por Emanuel Oliveira, Nutricionista de Ruminantes

 

O respeito aos recursos naturais, à manutenção de nossas florestas e áreas de preservação é premissa para qualquer produtor rural e assim deve ser feito. Porém, quando se fala em pecuária tropical, o uso de recursos naturais está muito enraizado à atividade e por isso, existe a necessidade de se desvincular a pecuária extrativista dos sistemas extensivos. O extrativismo ainda existe, mas na atual conjuntura, este cenário tem ficado cada vez mais distante.

Um dos pontos-chaves para a evolução dos sistemas pecuários, sem dúvidas, é a profissionalização do setor. A gestão detalhada de todas as fases existentes no modelo de produção facilita o estabelecimento de objetivos e a implantação de técnicas e/ou tecnologias que promovam a melhoria dos sistemas. É importante ressaltar que o sucesso de qualquer modelo de produção está diretamente associado à aplicação de ações multidisciplinares. Dentre as técnicas, a intensificação dos planos nutricionais mostra-se extremamente aplicável e já apresenta resultados expressivos quanto à melhoria dos índices produtivos, tendo como consequência, o aumento da produtividade mesmo em áreas mais restritas.

A aplicação de técnicas como o “sequestro” de animais durante a fase de cria ou recria – que eram inimagináveis há alguns anos – já são realidade em grande parte do país e terão ainda mais adeptos nos próximos anos. Foi-se o tempo em que as vacas pariam em qualquer terra, a suplementação intensiva de vacas de cria também mostra seus resultados positivos, principalmente quando se trata da fertilidade do rebanho, da mesma forma tem ocorrido com relação à programação fetal e produção de animais mais eficientes. Além disso, o uso de suplementação intensiva na recria proporciona maior lotação em uma mesma área e a engorda no pasto já pode ser feita de maneira muito semelhante a um confinamento.

Portanto, independentemente da fase explorada pelo pecuarista, da cria à engorda e desde a utilização de um proteinado de baixo consumo a um concentrado de alto consumo ou da escolha pelo confinamento ou terminação intensiva em pastagens, grande parte do sucesso da intensificação – e por consequência, a redução das áreas exploradas pela pecuária – está no uso de técnicas nutricionais. Ainda assim, é importante salientar que cada propriedade deve ser tratada de forma exclusiva, sendo necessário avaliar quais as estratégias possíveis a serem aplicadas, visando a máxima eficiência com os recursos certos e priorizando-se a possibilidade de poupar o uso de terras, ou seja, busque preservá-las, bem como seguir o caminho da intensificação.

A De Heus possui compromisso global pela produção animal sustentável, todos seus colaboradores passam por treinamentos constantes e estão prontos para esta realidade. Consulte um de nossos especialistas para obter essas e outras informações que te ajudarão a intensificar sua produção, maximizando a eficiência e lucratividade de seu sistema produtivo!

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