No mês de fevereiro, representantes da empresa multinacional De Heus, referência mundial em nutrição animal, realizaram uma visita às áreas de restauração da Black Jaguar Foundation – organização que promove o trabalho de restauração do Corredor de Biodiversidade, que conecta a Amazônia e o Cerrado, em Santana do Araguaia, no Pará.
Na ocasião, o Diretor América Latina e Presidente da De Heus Brasil, Rinus Donkers e o Gerente de Negócios - Ruminantes da De Heus Brasil, Ademir Pereira, tiveram a oportunidade de testemunhar de perto o impacto dos esforços de preservação ambiental e recuperação das áreas degradadas da zona do Corredor de Biodiversidade do Araguaia – que se estende ao longo dos rios Araguaia e Tocantins – que conta com o apoio e a contribuição da companhia. No local, eles puderam conhecer também alguns produtores locais que recebem a assistência técnica da Black Jaguar Foundation em relação ao Código Florestal Brasileiro.
Em sua primeira visita ao projeto, o Presidente da De Heus Brasil, Rinus Donkers, destacou a importância da construção de uma relação de confiança entre a Black Jaguar Foundation, as comunidades locais, os proprietários rurais e os membros da Rede de Sementes do Araguaia. “Durante a confraternização, organizada pela Black Jaguar para nos apresentar aos produtores e às autoridades governamentais da região, ficou evidente que é possível conciliar a produção com a preservação e isso nos surpreende de forma positiva, afinal, o que estamos fazendo juntos é deixar um legado para as gerações futuras, tornando possível alcançar um modelo de produção mais sustentável. Foi gratificante testemunhar o progresso alcançado e o potencial dessa parceria entre a Black Jaguar, a De Heus e os produtores, que provou ser benéfica para todos os envolvidos!”, declarou.
O Presidente da De Heus Brasil também ressaltou que a Black Jaguar Foundation obteve resultados expressivos em todas as fazendas em que foram autorizados a entrar. “Até mesmo os produtores mais céticos agora apoiam a organização e estão abertos para receber pessoas para mostrar isso. É realmente impressionante ver com seus próprios olhos como as APPs reflorestadas há cerca um ano e meio até quatro anos, conseguiram se transformar em florestas reais, com uma biodiversidade de pelo menos trinta a setenta espécies diferentes”, comenta.
Para o Gerente de Negócios da De Heus, Ademir Pereira, foi animador ver como muitas fazendas na região já estão adequadas ao Código Florestal e, portanto, já cooperam diretamente através de suas áreas preservadas. “Com orientação adequada e comprometimento, a sustentabilidade pode ser integrada à pecuária e à produção agrícola, garantindo não apenas a preservação ambiental, mas também a posição de liderança do Brasil na produção mundial de alimentos, atendendo às necessidades que não são futuras, mas atuais. A mudança em toda a cadeia é necessária desde já. Para isso, é crucial envolver mais empresas e autoridades políticas neste processo, pois somente com colaboração e apoio mútuos poderemos demonstrar ao mundo que o Brasil produz seus alimentos de forma sustentável”, enfatizou.
Ben Valks, criador da Black Jaguar Foundation, comemorou o impacto positivo da visita, destacando a relevância da parceira com a De Heus. “Durante a visita às áreas de restauração e ao viveiro de larga escala do projeto, foram mostradas árvores plantadas que já atingiram até sete metros de altura, graças ao apoio da De Heus. Fizemos questão também que Rinus e Ademir plantassem suas próprias árvores. Como sempre dizemos, esta é uma parceria win-win-win. Ganha a natureza, ganham as comunidades locais e ganha todo o setor agropecuário também. A De Heus não é apenas uma patrocinadora do nosso projeto, mas uma parceira de longa data. Nossos valores são verdadeiramente compartilhados”, disse Valks.
Neste sentido, Pereira explica que a De Heus possui um programa global de sustentabilidade, chamado Responsible Feeding, que engloba programas como o “Natural Power”, que comunga com esse trabalho de preservação, feito na região, ajudando os produtores a impulsionarem a saúde animal, através do equilíbrio ideal entre sanidade, nutrição e manejo, com respeito ao meio ambiente. “O pecuarista, o agricultor e o produtor, já estão sendo sensibilizados sobre isso, porém, alguns não têm conhecimento suficiente. Por isso, iniciativas como a da Black Jaguar Foundation em parceria com a De Heus, que oferecem orientação e suporte técnico, são de grande contribuição. Uma iniciativa conjunta entre os órgãos governamentais responsáveis, a iniciativa privada e as entidades que apoiam esta causa, certamente possibilitará mudanças positivas, de forma muito mais rápida. Assim, o Brasil conseguirá se manter como um grande produtor de alimentos para o mundo, com uma produção muito mais sustentável e efetiva”, esclarece o profissional.
Sobre o projeto da Black Jaguar Foundation
O projeto desenvolvido pela Black Jaguar Foundation é bastante profissional e tecnológico, pois conta com muito conhecimento envolvido, além de engenheiros ambientais, agrônomos e diversos outros profissionais participando do processo. De acordo com o Gerente de Negócios - Ruminantes da De Heus Brasil, Ademir Pereira, há toda uma questão de adaptação das mudas aos locais onde elas serão plantadas, além de uma tecnologia adequada para preparar as sementes, de modo que realmente possam gerar as mudas. “Cada tipo de muda possui uma técnica específica, pois são de espécies diferentes, requerendo tempo e épocas de colheita distintas, assim como processos diferentes de preparo. É necessário que elas atinjam o tamanho ideal para serem transplantadas. Além disso, as mudas plantadas são acompanhadas até os três anos de idade, pois no início é necessário realizar limpeza e cuidados, como evitar que formigas cortem suas folhas. Somente após este período, essa etapa está totalmente concluída e então podem deixar que a floresta siga sua vida sozinha, pois estará apta a se desenvolver de forma autônoma”, esclarece.
Outro ponto destacado por ele, é o suporte legal oferecido pelo projeto, que conta com uma equipe de advogados que realizam um grande trabalho orientando e apoiando esses fazendeiros a regularizarem suas propriedades. “Uma vez que, sem a regularização, o fazendeiro não poderá comercializar seus produtos, além do trabalho de campo, há também um trabalho nos bastidores, onde os advogados e especialistas em Código Florestal Brasileiro ajudam os produtores a se adequarem à legislação”, pontua.
Pereira ressalta ainda que se trata de um trabalho social muito importante, que promove benefícios para toda a cadeia. Exemplo disso são as populações ribeirinhas, que enfrentam desemprego devido à mecanização das fazendas. Com o projeto, a coleta de sementes na mata da região tornou-se uma fonte de renda para essas pessoas, possibilitando, inclusive, o custeio de cursos universitários para alguns, com a renda da venda das sementes para a missão do projeto”, explica.
“Em resumo, para mim, esta viagem mais uma vez mostrou o grande potencial desta região do Brasil. Com todos os interessados fazendo a coisa certa, esta parte do mundo será capaz de criar um grande ganha-ganha para a preservação da natureza e a produção de alimentos. Posso apenas prometer que apoiarei qualquer ação nessa direção o máximo possível. Somente todos nós juntos podemos fazer isso acontecer”, finaliza Rinus Donkers.
Descubra mais sobre a parceria entre a De Heus e a Fundação Black Jaguar, que promovem juntas mais sustentabilidade e conservação.
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