De Heus lança o conceito MaxMeat para melhorar o desempenho da pecuária de corte
Com estratégias de manejo e nutrição customizadas de acordo com cada propriedade, empresa holandesa lança em primeira mão no país um programa para aumentar a eficiência produtiva, a lucratividade e reduzir o impacto ambiental da atividade pecuária.
A De Heus lança o conceito MaxMeat para as fases de recria e engorda de bovinos de corte. Nele, a empresa desenvolve estratégias customizadas de nutrição e manejo de acordo com cada sistema produtivo com o objetivo de aumentar o desempenho do rebanho, a produção de carne por hectare e a lucratividade do criador, além de reduzir o impacto ambiental da atividade, anunciou o gerente de Produtos de Ruminantes da De Heus no Brasil, Anderson Di Pietro. “Fazemos isso customizando nosso plano para sua fazenda e sistema produtivo, desde os requerimentos nutricionais específicos, até as estratégias de manejo”, afirmou o executivo.
De acordo com ele, o conceito MaxMeat contribui com ganho de peso adequado durante as fases de recria e engorda; melhora a qualidade da carcaça e da carne, aumenta a taxa de lotação e por consequência a produtividade e o resultado financeiro da fazenda, reduzindo o uso de terra e a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa . “Nossa equipe visita a propriedade e avalia desde a necessidade de aplicação de tecnologias, passando por ações aplicadas nos sistemas produtivos, visando uma melhoria de eficiência de produção como um todo, até os aspectos gerenciais da fazenda, como a possibilidade do uso de raças ou cruzamentos mais produtivos, por exemplo. O foco deste trabalho é ter um produto de melhor qualidade e reduzir o impacto ambiental na produção”, explicou Pietro.
O nutricionista de Ruminantes da De Heus no Brasil, Emanuel Oliveira, salienta que o MaxMeat é um conceito mundial da De Heus e que é lançado em primeira mão no Brasil. “Nosso foco é melhorar a eficiência alimentar e a produtividade do rebanho reduzindo a emissão de gases de efeito estufa. Para isso, enfatizamos o manejo de pastagens, suplementação , treinamento de mão-de-obra e o direcionamento genético para obter a melhor estratégia de acordo com a realidade de produção da fazenda e então propor o melhor plano nutricional”, disse o especialista ressaltando que o programa envolve diversas estratégias alimentares e cada propriedade pode receber uma solução customizada com produtos de linha.
Custos de Produção
Apesar do cenário de preços elevados das matérias-primas, o pesquisador de bovinos de corte (De Heus Global), Fabiano Alvim Barbosa, explica que o preço da arroba vem acompanhando estes aumentos e destaca a importância de intensificar a produção para diluir o custo unitário de produção. “Desta maneira, o valor da arroba produzida tende a ser mais baixo. Em nossas avaliações financeiras, todos os cenários convergiram para a intensificação porque traz um retorno financeiro melhor, além de reduzir a emissão líquida de carbono equivalente, ou seja, toda a emissão de CO2 envolvida na atividade”, destacou.
Nesta linha, ele defende a importância de estabelecer o aumento da produção. “Não necessariamente aumentar o número de animais, mas produzir mais quilos de carne por área em um mesmo período, ou até em um período menor. Um exemplo seria estabelecer o peso de abate, que seja 540-570 quilos. Então, através deste programa podemos traçar um plano para atingir este peso em 24 meses. Esta estratégia é relevante porque conseguimos produzir mais animais em uma área menor, o que significa poupar terra. E quando aumentamos a intensificação da pecuária, sobra terra para outras culturas, recuperação de áreas para preservação e florestas”.
Redução da pegada de carbono
Barbosa lembra que estas estratégias do programa incluem manejo de pastagens, uso de suplementos (proteinados/MUB) e de rações, bem como o uso de aditivos específicos para ajudar a reduzir a emissão de metano por carcaça (carne) produzida. “Todas estas estratégias têm efeito na redução da pegada de carbono da atividade de pecuaria como um todo”. “Quando você adquire um produto ou serviço da De Heus, você reduz a sua pegada de carbono através de um trabalho realizado que envolve desde o transporte de produto, passando pelas embalagens até a fazenda”.
Qualidade de carcaça e da carne
Um dos pontos altos deste projeto é a qualidade de carcaça, avalia Oliveira. “Quando falamos em qualidade de carcaça, precisamos considerar dois pontos importantes. Um deles é para melhor eficiência produtiva de frigoríficos. E o outro ponto é a qualidade da carne na mesa do consumidor, o que significa que um bom trabalho de nutrição e manejo no campo tem impacto positivo em redução de perdas para os frigoríficos e ainda em uma carne com melhor qualidade em maciez e suculência”, define o especialista.
Segundo ele, carcaças bem-acabadas proporcionam melhor resfriamento nos frigoríficos e resulta em uma carne mais macia. “E ainda pode ocorrer melhor padronização dos cortes em relação ao mercado. Outro benefício deste programa é que animais mais jovens têm carne com características mais desejáveis pelos consumidores, que também tem relação com a raça, o tipo de animal, sua categoria e a maneira como ele foi produzido. Enfim, quanto mais jovem o animal abatido com a quantidade adequada de gordura, maior a certeza de que produziremos carne de qualidade”.