Desde sua chegada ao Brasil, há 10 anos, a De Heus atua para consolidar seu posicionamento estratégico no mercado de nutrição animal. A aquisição de uma empresa de nutrição para suínos em 2012 foi a porta de entrada para que a atuação se estendesse a diversas espécies animais e no ano seguinte, a companhia fortaleceu sua posição no mercado de gado de leite adquirindo uma fábrica de rações em Apucarana (PR), além de uma fábrica para a produção da tecnologia MUB (Mistura de Umidade Baixa), suplemento nutricional para bovinos, destacando-a no segmento de gado de corte.
Depois de estruturar-se com cinco unidades industriais no país, em apenas quatro anos de Brasil, a De Heus efetivou outro importante passo de seu projeto de crescimento e consolidação no mercado brasileiro: iniciou as operações de seu novo Laboratório de Controle de Qualidade, localizado na Unidade II, em Rio Claro (SP).
Em 2017, concluiu a construção de uma fábrica dedicada em Toledo (PR), com foco na produção de rações pré-iniciais para aves e suínos, com processos rigorosos de seleção de fornecedores, recepção de matérias-primas e produção, desenvolvidos com o objetivo de proporcionar ao produtor o crescimento mais saudável de seus animais. No mesmo ano, também inaugurou na Universidade Estadual de Londrina (UEL) um centro de pesquisas, visando acelerar a evolução de seus produtos e serviços no segmento de suínos.
Em 2018, a companhia inaugurou uma nova base logística em Caruaru (PE) - importante polo de avicultura do Nordeste. A instalação do primeiro centro de distribuição da empresa no país, além de facilitar o atendimento local (agreste e sertão) também possibilitou ganhos de eficiência logística e maior agilidade no recebimento de matérias-primas importadas pela companhia devido à proximidade do Porto de Suape. Novos investimentos foram realizados em 2020, com a aquisição de uma unidade industrial em Itaberaí (GO).
Todo esse histórico pavimentou a estrada para que a De Heus chegasse em 2022 com um portfólio completo de produtos nutricionais – de premixes e núcleos a concentrados e rações completas – conceitos, programas e tecnologias inovadoras para atender os principais segmentos da produção animal – suínos, bovinos de corte e leite, frangos e poedeiras.
Através de resultados obtidos em centros de tecnologia e pesquisa, como por exemplo, no Vietnã – que apresenta uma atuação bastante expressiva no segmento de Aquacultura – buscamos trazer esse know how aplicado à realidade do Brasil, impulsionando nossa força técnica e comercial para a melhoria contínua dos negócios de nossos clientes.
Parte integrante do Grupo Royal De Heus, que acumula experiência de mais de 100 anos, a unidade brasileira possui, atualmente, capacidade de fabricação de 320 mil toneladas/ano. “Fechamos o último ano com faturamento de 750 milhões de reais, valor cinco vezes maior que em 2012. Este montante nos garantiu um lugar entre as oito maiores empresas de nutrição animal em atuação no mercado brasileiro”, explica Rinus Donkers, presidente da De Heus Brasil Nutrição Animal e diretor América Latina da Royal De Heus.
Até o fim deste ano, o diretor de Operações, Henrique Fernandes destaca a conclusão de melhorias nas unidades localizadas em Toledo (PR) e Itaberaí (GO) na ordem de 40 milhões de reais. A empresa também já havia anunciado, em 2020, aportes de 35 milhões de reais destinados à ampliação do parque fabril, principalmente na planta situada em Rio Claro (SP) - que absorveu a maior parte dos recursos, direcionados à implantação de uma nova linha de produção para premixes.
“Com os investimentos em Toledo e Itaberaí, a empresa ampliará sua capacidade de produção e armazenagem em decorrência da rápida expansão de seus negócios no Brasil”, diz Henrique e Rinus acrescenta: “O desenvolvimento nesses dez anos é baseado em sustentabilidade, fator importante para todos nós”.
O compromisso assumido pela companhia em nível global se deu a partir dos desafios que as projeções de crescimento populacional mundial para 2050 trazem, como o aumento de mais de 50% da demanda por alimentos e de quase 70% por alimentos de origem animal – considerando que seremos 9.8 bilhões de pessoas até lá. Além disso, a necessidade de alimentos seguros e saudáveis também continuará a aumentar.
E para atender à demanda esperada por alimentos seguros e saudáveis nos próximos anos, é preciso tornar as cadeias produtivas de alimentos ainda mais eficazes e sustentáveis. Por isso, a De Heus criou o programa Responsible Feeding. O programa global de longo prazo envolve clientes, fornecedores, colaboradores, a sociedade de forma geral e o meio ambiente.
“O programa diz respeito a um conjunto de ações adotadas, em diferentes pontos da cadeia, que visam alcançar os objetivos de produção de acordo com as exigências de cada mercado, por meio de práticas de melhorias contínuas em processos como manejo, ambiência, sanidade, biossegurança e uma nutrição cada vez mais focada no melhor aproveitamento dos ingredientes, com níveis nutricionais adequados, alta qualidade, respeitando as boas práticas de fabricação, entre outros”, explica Edmilson Ribeiro, diretor de RH & HSE.
Neste sentido, o diretor explica que ao ajudar o produtor a promover a saúde dos animais, a dependência da utilização de antibióticos é reduzida, viabilizando resultados zootécnicos e econômicos satisfatórios, de forma sustentável.
O programa também contempla a aquisição de matérias-primas de forma responsável; a produção na indústria e a logística com menor impacto ambiental possível; juntamente com um time de colaboradores engajados na geração de soluções valiosas para a sociedade.
“O trabalho de parceria da De Heus junto a seus clientes está focado no desenvolvimento tecnológico, no bom resultado financeiro, mas também na sustentabilidade da produção animal. Constantemente investindo em pesquisa e desenvolvimento, estudos e na capacitação de suas equipes técnico-comerciais, a empresa possui um plano estratégico de ações que vão desde a reciclagem de embalagens, passando pelo uso consciente de água e energia elétrica, redução das emissões de gases de efeito estufa, até o apoio a uma iniciativa de reflorestamento do corredor do Araguaia, pois responsabilidade social e nutricional são muito importantes para toda a cadeia produtiva”, afirma Edmilson.
A atuação no Corredor de Biodiversidade do Araguaia, citado pelo executivo, é fruto de uma parceria junto à Fundação Black Jaguar. Esta área, no centro do Brasil, terá extensão total de 2,6 mil quilômetros e largura de até 40 quilômetros, distribuídos ao longo das margens de todo o Rio Araguaia e parte do Rio Tocantins, conectando dois dos mais importantes ecossistemas do mundo: a floresta Amazônica e o Cerrado.
A parceria foi assinada em 17 de agosto de 2021, pelos CEO’s Co e Koen De Heus. Para apoiar a fundação em sua missão de plantar 10 milhões de árvores até 2025, bem como proteger e aumentar a biodiversidade, a companhia realiza contribuições anuais. A ideia, que inicialmente seria financiada pela unidade brasileira, foi levada por Rinus à sede na Holanda e, por seu intermédio, o montante destinado ao projeto quintuplicou.
Outro investimento junto à fundação, conta Edmilson, será para implantar a iniciativa de coleta de sementes. Nela, pessoas de comunidades locais e indígenas são treinadas para ajudar na coleta de sementes de árvores nativas, além do treinamento e capacitação da brigada de incêndio em Santana do Araguaia para ajudar no combate e prevenção de incêndios florestais. “A partir do próximo ano, a contribuição da De Heus será usada para cobrir parte da manutenção operacional do viveiro e plantio de centenas de milhares de árvores nativas no Corredor de Biodiversidade do Araguaia”, define o diretor de RH e HSE.
Outro projeto colocado em prática pela companhia em prol da sustentabilidade é o “WOW”. Em 2022, colaboradores de diversas unidades foram voluntariamente às ruas para coletar o lixo descartado de forma indevida para que recebessem deu destino correto. O resultado: mais de seis toneladas recolhidas. “Esse montante, ao ser retirado da natureza e destinado corretamente, precisaria de 154 árvores capturando CO2”, calcula Edmilson.
Essas ações fazem parte do contexto de rápido desenvolvimento do mercado e, na visão de Henrique, as empresas precisam apresentar novas soluções para dar suporte ao trabalho de produção de proteína animal realizado pelo Brasil. “Não é uma escolha se desenvolver no mercado brasileiro, é uma obrigação”.
E, para ele, um bom projeto é iniciado “dentro de casa”. “A liderança pelo exemplo é a melhor estratégia, e aplicamos isso para nossos 450 colaboradores”, conta Henrique. Edmilson ressalta que, pelo segundo ano consecutivo, a companhia é certificada como Great Place to Work (GPTW): “Isso demonstra a qualidade do trabalho com as pessoas, fortalecendo o slogan ‘working as one’, trabalhando com integração entre as áreas. Temos um grupo bem coeso e feliz”.
As soluções alimentares e programas customizados de nutrição auxiliam os clientes a melhorar o resultado zootécnico dos seus plantéis e, também, a avançar em outros aspectos relevantes para os negócios, contribuindo a qualidade, transparência e cooperação em toda a cadeia de produção de alimentos.
Conforme destaca Rinus, por ser uma empresa familiar, a De Heus entende que a perspectiva de longo prazo e o legado são valores vitais para seus clientes. Dessa forma, cada programa nutricional ou serviço de suporte técnico representa um atendimento exclusivo e com alto grau de conhecimento agregado, proporcionando soluções nutricionais superiores.
Nesta linha, Henrique destaca o valor da possibilidade de aplicar o conhecimento de uma empresa global, com referências em vários continentes, ao mesmo tempo em que as lições aprendidas aqui também são pulverizadas. “Pensando fora da caixa, conseguimos aprender com as experiências do outro e aumentar a velocidade da aplicação de tecnologia à campo”, confirma.
E é esse caminho que a De Heus pretende trilhar. “A visão de longo prazo é continuar crescendo e ocupando espaço no mercado, ampliando a entrega do nosso conceito de negócio e produtos”, declara Rinus e finaliza propondo um convite: “Estamos abertos a outros elos da cadeia que tenham projetos com o mesmo objetivo de desenvolver o país e o setor. Sozinhos não fazemos nada, precisamos de todos juntos; seja da cadeia frigorífica, fornecedores e outros stakeholders. Estamos de portas abertas”.
