Como conseguir o melhor aproveitamento dos nutrientes nas dietas de engorda de suínos!
Que o alimento representa grande parte do custo da produção animal não é nenhuma novidade. Pequenas variações no aproveitamento destes alimentos podem determinar lucro ou prejuízo na atividade, e isso coloca a conversão alimentar como o principal índice zootécnico de eficiência econômica. Estamos incessantemente buscando formas para produzir 1kg de peso vivo utilizando o menor volume de alimento possível.
Desta forma, ficamos obrigados a conhecer a fundo o custo e a significância de cada nutriente. O custo nos permite compor o alimento final com o menor preço possível, e a significância nos permite estruturar o alimento com a quantidade precisa de nutrientes para construção do peso vivo animal, conforme o tipo genético, sexo, idade e condições ambientais.
Compreender a composição do ganho do animal!
Isso significa, por exemplo, conhecer a quantidade de aminoácidos, gorduras, fibras, minerais e vitaminas que serão necessários para construir 1kg de peso vivo animal. Porém, não podemos esquecer de um nutriente fundamental e de baixíssimo custo, a água. Sim, a água compõe grande parte do peso vivo animal. Na composição da carne por exemplo a água representa em torno de 72%, restando 20 a 22% de proteína, 7% de gordura, 1% de minerais e menos de 1% de carboidratos. Por outro lado, a gordura apresenta somente 1% de água. Isso significa que a formação de gordura utiliza muito mais nutrientes que a formação de carne, ou seja, quanto maior a porcentagem de gordura mais nutrientes serão utilizados com consequente degradação do índice de conversão alimentar.
A porcentagem de água no peso vivo diminui gradativamente em função da idade, sendo que, leitões recém-nascidos apresentam cerca de 80% e suínos adultos 50%. Isso explica parte da degradação progressiva da conversão alimentar em função da idade.
Com isso, podemos concluir que animais mais magros e mais jovens apresentam o melhor potencial de conversão alimentar, utilizam menos nutrientes como aminoácidos e gorduras para formar 1kg de peso vivo. Então, para utilizarmos o máximo potencial de conversão alimentar precisamos atingir o peso final com animais o mais jovens possível, ou seja, máxima utilização do potencial de ganho de peso diário.
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É neste contexto que o trabalho de precisão do cálculo da demanda de nutrientes realizado pela ferramenta GPS De Heus se conecta as necessidades dos sistemas de produção de forma cotidiana.
Utilizando uma extensa base de dados de mais de 7 milhões de animais controlados em diferentes cenários no Brasil, o GPS aplica diferentes padrões de composição de nutrientes para ganho de peso conforme as condições ambientais de cada sistema de produção, trazendo enorme acurácia na tomada de decisões para diferentes cenários econômicos.
E ainda vamos além, o acompanhamento técnico da equipe De Heus na estruturação e coleta de novas informações de resposta animal especificas daquele sistema de produção, geram no GPS novos padrões de composição de nutrientes, ou seja, um padrão exclusivo para as condições e desafios daquele sistema de produção em particular.
Estes padrões exclusivos promovem ainda mais precisão nas projeções de desempenho, composição, e quantidade de ração a ser utilizada por animal. Afinal, este é nosso principal desafio, produzir o mesmo animal utilizando o menor volume possível de ração e ao menor custo.
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Daniel Gracioli
Gerente Técnico de Contas Suínos
